"(...)O matemático americano Edward Kasner pediu uma vez a seu sobrinho de nove anos para inventar um nome para um número extremamente grande — dez elevado a potência de cem 10¹ºº(10 elevado a 100), o um seguido de cem zeros. O garoto chamou-o de "googol" ( em inglês: Google , o nome daquela em presa famosa). Aqui está ele: 10.000.000.000.000.000.000.000.000. 000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000. Nós também podemos criar nossos próprios números grandes e dar nomes a ele. É só tentar. Existe um encanto especial nisto, principalmente quando se tem nove anos.
Se um googol parece grande, consideremos um googol-plexo. É o dez elevado a potência de googol, isto é, o um seguido de googol zeros. Por comparação, o número total de átomos em nosso corpo é de cerca de 10 elevado a 28,e o número total de partículas elementares — prótons, nêutrons e elétrons —no universo
observável é de cerca de 10 elevado a 80.Se o universo fosse um sólido compactado com nêutrons, por exemplo, de modo a não haver espaço em nenhum lugar vazio, ainda haveria so-mente cerca de 10 elevado a 128 partículas nele, pouco mais do que googol, mas trivialmente pequeno se comparado a um googolplexo. E, embora esses números, o googol e o googolplexo, não sejam próximos, eles não chegam perto da idéia do infinito. Um goo-golplexo está precisamente tão longe do infinito quanto o número um. Podemos tentar escrever um googolplexo, mas é somente uma ambição. Um pedaço de papel grande o suficiente para conter todos os zeros de um googolplexo escritos explicitamente não poderia ser atestado no universo conhecido.Felizmente há um modo mais simples e bem conciso de se escrever um googolplexo: 10¹º*¹ºº -infinito ou ∞.
Em uma torta de maçã queimada, o carvão será principalmente carbono. Noventa cortes e chegaremos a um átomo de carvão, com seis prótons, seis nêutrons em seu núcleo e seis elétrons em sua nuvem exterior. Se retirarmos um pedaço do núcleo, por exemplo, com dois prótons e dois nêutrons, não serão núcleo de um átomo de carbono, mas sim o núcleo de um átomo de hélio. Este corte ou fissão do núcleo atômico ocorre em armas nucleares e em máquinas convencionais de potência nuclear, embora não seja o carbono que se parte. Se fizermos o nonagésimo primeiro corte na torta de maçã, se partirmos um núcleo de carbono, não faremos um pedaço ainda menor de carbono, mas alguma coisa a mais, um átomo com propriedades químicas inteiramente diferentes. Quando cortamos um átomo, transmutamos os elementos.
Suponhamos que prosseguíssemos. Os átomos são formados de prótons, nêutrons e elétrons. Podemos partir um próton? Se bombardearmos os prótons com altas energias de outras partículas elementares, outros prótons, por exemplo, começaremos a ver de relance unidades mais fundamentais escondendo-se dentro do próton. Os físicos propõem que as chamadas partículas elementares como prótons e nêutrons são, na verdade, formadas de partículas ainda mais elementares chamadas quarks, que aparecem em uma variedade de "cores" e "sabores", pois suas propriedades foram denominadas em uma tentativa pungente de tornar o mundo subnuclear um pouquinho mais familiar. Serão os quarks os últimos constituintes da matéria, ou serão eles também compostos de partículas ainda menores e mais elementares? Chegaremos nós a um ponto final em nossa compreensão da natureza da matéria, ou haverá uma regressão infinita em partículas cada vez mais fundamentais? Este éum dos grandes problemas sem solução da ciência. A transmutação dos elementos foi realizada em laborató-rios da idade medieval em uma pesquisa chamada alquimia. Muitos alquimistas acreditavam que toda a matéria era uma mistura de quatro substâncias elementares: água, ar terra e fogo, uma antiga especulação jônica. Alterando as proporções relativas da terra e do fogo, por exemplo, eles pensavam que seriam capazes de transformar o cobre em ouro. O campo da alquimia estava apinhado de homens encantadores, mas em-busteiros e pesquisadores, como Cagliostro e o Conde de Saint-Germain, que pretendiam não somente transmutar os elementos, mas também possuir o segredo da imortalidade. Algumas vezes o ouro era escondido em um bastão com um fundo falso para aparecer miraculosamente no momento cruciante ao término de uma árdua demonstração experimental. Tendo a opulência e a imortalidade como chamarizes, a nobreza européia descobriu-se transferindo grandes somas para os praticantes desta arte duvidosa. Mas houve alquimistas sérios, como Paracelso e mesmo Isaac Newton. O dinheiro não foi totalmente desperdiçado, novos elementos químicos como o fósforo, o antimônio e o mercúrio foram descobertos. Em verdade, a origem da química moderna está ligada diretamente a estas experiências. (...)" Carl Sagan- em Cosmos Ilustrado
Em uma torta de maçã queimada, o carvão será principalmente carbono. Noventa cortes e chegaremos a um átomo de carvão, com seis prótons, seis nêutrons em seu núcleo e seis elétrons em sua nuvem exterior. Se retirarmos um pedaço do núcleo, por exemplo, com dois prótons e dois nêutrons, não serão núcleo de um átomo de carbono, mas sim o núcleo de um átomo de hélio. Este corte ou fissão do núcleo atômico ocorre em armas nucleares e em máquinas convencionais de potência nuclear, embora não seja o carbono que se parte. Se fizermos o nonagésimo primeiro corte na torta de maçã, se partirmos um núcleo de carbono, não faremos um pedaço ainda menor de carbono, mas alguma coisa a mais, um átomo com propriedades químicas inteiramente diferentes. Quando cortamos um átomo, transmutamos os elementos.
Suponhamos que prosseguíssemos. Os átomos são formados de prótons, nêutrons e elétrons. Podemos partir um próton? Se bombardearmos os prótons com altas energias de outras partículas elementares, outros prótons, por exemplo, começaremos a ver de relance unidades mais fundamentais escondendo-se dentro do próton. Os físicos propõem que as chamadas partículas elementares como prótons e nêutrons são, na verdade, formadas de partículas ainda mais elementares chamadas quarks, que aparecem em uma variedade de "cores" e "sabores", pois suas propriedades foram denominadas em uma tentativa pungente de tornar o mundo subnuclear um pouquinho mais familiar. Serão os quarks os últimos constituintes da matéria, ou serão eles também compostos de partículas ainda menores e mais elementares? Chegaremos nós a um ponto final em nossa compreensão da natureza da matéria, ou haverá uma regressão infinita em partículas cada vez mais fundamentais? Este éum dos grandes problemas sem solução da ciência. A transmutação dos elementos foi realizada em laborató-rios da idade medieval em uma pesquisa chamada alquimia. Muitos alquimistas acreditavam que toda a matéria era uma mistura de quatro substâncias elementares: água, ar terra e fogo, uma antiga especulação jônica. Alterando as proporções relativas da terra e do fogo, por exemplo, eles pensavam que seriam capazes de transformar o cobre em ouro. O campo da alquimia estava apinhado de homens encantadores, mas em-busteiros e pesquisadores, como Cagliostro e o Conde de Saint-Germain, que pretendiam não somente transmutar os elementos, mas também possuir o segredo da imortalidade. Algumas vezes o ouro era escondido em um bastão com um fundo falso para aparecer miraculosamente no momento cruciante ao término de uma árdua demonstração experimental. Tendo a opulência e a imortalidade como chamarizes, a nobreza européia descobriu-se transferindo grandes somas para os praticantes desta arte duvidosa. Mas houve alquimistas sérios, como Paracelso e mesmo Isaac Newton. O dinheiro não foi totalmente desperdiçado, novos elementos químicos como o fósforo, o antimônio e o mercúrio foram descobertos. Em verdade, a origem da química moderna está ligada diretamente a estas experiências. (...)" Carl Sagan- em Cosmos Ilustrado
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