quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Simplismente Interação

      Há muitas explicações à respeito do funcionamento do Universo. Desde teorias, modelos e esquemas; que diferem quanto à sua complexidade. Uma forma de analisar a natureza é se basear em algo, que podemos chamar de INTERAÇÃO.
     Interação é uma ação de um objeto sobre outro. Ou seja, a interação só existe se houver no mínimo 2 objetos.
     Por muito tempo a humanidade vem explicando o mundo através de modelos matemáticos, como por exemplo o modelo atômico, ou até mesmo o modelo padrão (mecânica quântica), porém nem sempre se discutiu à respeito da interação. Um exemplo bastante simples é você tocar a sua mão direita na sua mão esquerda levemente, comprimindo-as uma nas outras gradualmente. Percebe-se pela experiência que uma mão não atravessa a outra, e intuitivamente a resposta do porque disto ocorrer parece simples: "as duas mãos são sólidas, e objetos sólidos não se atravessam entre si", mas o que queremos dizer com "é sólida"? Quer dizer que os átomos e moléculas que compõe as duas mãos estão num estado de agitação tal que no nível macroscópico parecem ter forma regular, volume invariável e rigidez. Todavia isto não é verdade, pois a luz que incide na sua mão está liberando uma tempestade de radiações, que está agitando as moléculas mais próximas da superfície da mão,..., há movimentação de fluídos pelas células... Na realidade, suas mãos não se tocam nunca! Existe uma interação entre os elétrons dos átomos de cada mão que fazem com que eles (elétrons) e consequentemente todos os átomos, moléculas, células e a mão, não se toquem. Fisicamente não há toque, há uma sensação de que houve um toque, mas a resposta correta é que houve uma Interação. 
  Experiências mais elaboradas mostram que dentro do núcleo dos átomos existe outro conjunto de partículas chamadas Quarks, e que compõe o nêutron e o próton. A interação entre esses Quarks (veja imagem ilustrativa abaixo do título) é chamada de Força Nuclear Forte.  Analogamente entre as partículas que possuem carga elétrica exite uma outra interação chamada de Força Eletromagnética. Mas a mais famosa interação no contexto científico é a gravidade. A interação entre corpos que possuem massa é denominada de Força Gravitacional. Na Física atual se conhece só 4 tipos de interações possíveis, que são as três forças já mencionadas mais a Força Nuclear Fraca (responsável por alguns processos de decaimento radioativo).
     Porém, não existem apenas interações físicas, há também interações que estão além da física, são as Interações Metafísicas.
     As interações físicas podem ser representadas por modelos matemáticos e funções matemáticas, podendo assim prever numericamente a interação (força) entre os corpos que se interagem ( corpos físicos). No caso da interação metafísica, é por vezes, impossível prever a magnitude de uma interação por meio de uma fórmula/função matemática.
       Se queremos entender o Universo como um todo, não basta saber toda a mecânica que rege o comportamento das menores partículas da matéria ou dos maiores conglomerados de galáxias, e esperar que essas leis científicas expliquem tudo. Não quero afirmar que é impossível, até porque não tenho como provar, porém, atualmente, nenhum algoritmo ou fórmula conseguiu descrever o quanto (numericamente) uma mãe cuida de seu filho , quanto um casal se ama, ou até mesmo como a história ou a geopolítica de um pais se desenvolve.
      Intuitivamente a interação entre uma pessoa e outra pode ser muito variável, e sem dúvida há mais incertezas quanto a forma correta de se estudar o comportamento humano do que uma forma incorreta. Eu compartilho, juntamente com os filósofos humanistas, sociólogos e psicólogos a profunda curiosidade de entender os processos de interação entre as pessoas e como suas mentes funcionam, e também o fascínio de quão complicado isto parece ser. A interação entre dois seres nem sempre se dá na forma física. Não é preciso existir duas pessoas diferentes para haver uma interação, pois muitas vezes nós nos pegamos falando (mesmo que mentalmente) sozinhos, criando um segundo ser capaz de interagir conosco, tanto quanto qualquer outra pessoa. Em regra, os seres vivos mais inteligentes tem este dispositivo para aprenderem com as experiências passadas, e isto pode ser verificado experimentalmente com pessoas, cachorros, gatos, macacos,...; todavia este simples fato não é a explicação ou um modelo de como e quanto o ser mental (imaginado) interage com o ser real (que imagina).
     Tudo ao meu , seu, nosso redor parece ser interação. Neste contexto o que realmente importa não são as coisas em si, e sim os processos pelos quais essas coisas passam. Um ser solitário no meio do Cosmo não tem significado nenhum, só passa a ter significado quando surge um outro ser para que ocorra uma interação. Até semanticamente numa frase o sujeito sendo solitário, perde qualquer sentido e não possuí nenhum predicado. Tente fazer uma frase onde só existe uma palavra (no caso um substantivo). Verá que o sentido de sua frase será ambíguo.
     Não vou provar tal afirmação mas enunciarei uma tentativa: "Todo ser (físico ou metafísico) existe, se e somente se for passível de interação com outro ser de mesma ou diferente natureza". No caso das partículas da física, ou dos corpos celestes e tudo mais que existe materialmente , isto é verdade , pois mesmo que um objeto exista "sozinho" no Cosmo, ainda sim (isto é evidenciado pela teoria da relatividade geral) ele não estará realmente sozinho, pois existe o tempo e o espaço no cosmo, que parecem ser independentes dos corpos materiais, e qualquer corpo ocupa pelo menos um ponto do espaço-tempo. Sendo assim, se correlaciona com outro ser de mesma ou diferente natureza. No caso do ser-ciente como nós humanos, a nossa existência/presença não se dá apenas fisicamente , mas também psicologicamente, mentalmente,..., até mesmo (talvez, pois não se prova isto) espiritualmente. Como seres metafísicos não existem necessariamente no espaço e tempo, é impossível que exista um ser metafísico solitário. É como poesia, sempre existirá a outra metade da laranja, para que a laranja exista como laranja, pois para ser laranja precisa existir as duas metades num só corpo. Vai ver por isso a natureza se desenvolveu de tal forma que todo tipo de reprodução biológica ocorra em pares (mesmo em seres assexuados surgem no mínimo dois seres após a reprodução). Novamente peco em não poder demonstrar a veracidade ou falsidade deste "teorema", pois atualmente a biologia é uma ciência de exceções e não de regras, mas é difícil não se impressionar com tais coincidências.

estudo organizado em genética (biologia)
     Interações metafísicas são muito comuns na história da filosofia, por exemplo : Descartes, um filósofo matemático e cientista do século XVI, em um de seus vários trabalhos, criou o conceito do que ele chamou de "gênio maligno", que nada mais é que um ser imaginário que dialoga com o filósofo como se fosse um ser real, e que tem uma função específica: negar tudo que é afirmativo para reconceituar a "realidade", podendo assim criar um mundo virtual paralelo ao "real", ou até mesmo viver em dúvida sem poder afirmar o que é real.
       As mais variadas Interações entre as entidades físicas e metafísicas tem algo que é marcantemente em comum: "Um ser A que interage com outro ser B, modifica concomitantemente o ser B e si mesmo, porém a reciproca nem sempre é verdadeira". A justificativa é simples, pois para casos onde os seres A e B são apenas materiais (físicos) a reciproca é verdadeira, para os casos em que os seres A e B são metafísicos a reciproca é verdadeira se 1) os dois são seres reais (não imaginários) ou 2) os dois seres são imaginários , ou a terceira opção que demonstra a veracidade do enunciado: A reciproca é falsa se A é um ser metafísico real e B é um ser metafísico imaginário (criado pelo real). Isto era de se esperar, pois se você conversar com seu amigo imaginário, ele não mudará se você não quiser, pois você cria e imagina ele da forma como quiser, assim ele nem sempre é influenciado pela interação.
     Poderíamos discutir mais sobre este tema, porém cheguei onde queria: Poder analisar o Cosmo, simplesmente como resultado de interações.
     Ou seja:   "SIMPLESMENTE INTERAÇÃO"

        

     

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"Um passo para a Imortalidade"

 Como seria viver  numa sociedade, onde todos são imortais? A resposta a esta pergunta pode até ser imaginada, mas será apenas uma elucubração falha, onde não há evidência ou argumento que responda satisfatoriamente a pergunta, porém antes que possamos fazer tal pergunta, temos que ter a resposta de outra:"É possível ser imortal?"
 Como sabemos, a única certeza que temos na vida, é que vamos morrer um dia; ou será que não? Pelo que eu entendo  e pelo dicionário temos as seguintes definições:
 IMORTALIZAR: Tornar(-se) imortal, célebre, eternizar(-se) na memória dos homens;
 IMORTAL: Não sujeito a morrer.
 E o que significa morrer?
 MORRER: Cair no esquecimento, cessar de viver, extinguir(-se)
 VIVER: Ter vida, existência, morar, habitar, perdurar
 Ou seja, ser imortal é estar de acordo com a definição dada para o verbo viver, em tempo incomensurável, mas outrossim, ser imortal significa não cair no esquecimento, não se extinguir, e para isso ocorrer suas memórias não devem sumir (extinguir) nem para os outros(homens, seres racionais) nem para si mesmo! E é aí que entra a minha idéia: Se a memória de uma pessoa não se extinguir,e se a mesma puder pensar por si própria, recordar de informações que adquiriu durante a vida, e se todas essas convenções se estabelecerem por um tempo quão grande quanto queiramos, até que atinja o limite no infinito, então tal pessoa adquire o estado de imortalidade, esta pessoa está de acordo com o verbo viver, e em tempo incomensurável.
 Todas as informações que absorvemos se depositam no cérebro, e tais informações são nada mais e ,nada menos que nossas lembranças e memórias, que usamos para de finir o verbo Viver.
 Como o ser humano vai ficando velho com o tempo, vai ficando doente quando se aproxima dos 200 anos de vida (duzentos), ele tende a morrer de alguma coisa (o diagnóstico sempre existe, mas nem sempre os médicos detectam), e logo que a pessoa falece, todo o organismo da pessoa morre,inclusive o cérebro com suas memórias. Então para que as memórias não se percam , existe uma solução bem simples, logo que a pessoa estiver para morrer (digamos 10 segundos antes), é só transplantar o cérebro para um outro corpo (um clone talves, mas preparado sem cérebro). Simples não é? Claro que não! Primeiro que não existe transplante de cérebro (pelo menos até o presente), segundo que ninguém sabe o momento exato da própria morte, e terceiro, é muito difícil fazer um clone perfeito, e mais difícil (muito mais), fazer um clone sem cérebro, pois o mesmo nasceria sem seu sistema nervoso. Então como proceder?
 Estava assistindo uma série de tv estes dias e vi uma tecnologia útil nela, era um aparelho que mostra o que a pessoa está pensando naquele momento (quem quiser assistir é só procurar no google o 15º episódio da 6ª temporada de Dr. House), e logo percebi que se é possível tranmitir o que a pessoa está pensando em uma televisão portátil, ou seja transformar ondas cerebrais em sinais analógicos e assim também em sinal digital e assim também em sinal eletromagnético, como ondas de rádio, microondas,luz, poderia haver um jeito de colocar um aparelho deste na cabeça de uma pessoa, e tudo o que esta pessoa pensa, o aparelho transmite por algum tipo de interação à distância, até um HD com um bom espaço para armazenamente de informações(ou outro dispositivo), e tal dispositivo estar ligado à um outro cérebro (um clone real da pessoa,porém em coma induzido para não haver nenhum paradoxo de existência, ou para não haver ambiguidades na memória, nem mesmo gerar novas memórias além das da pessoa que quer se tornar imortal),de tal forma que este aborva as memórias, e quando a pessoa "A", que está transmitindo as memórias para a pessoa "B",morrer ; um mecanismo corta a transmissão de dados e assim um computador ou até mesmo uma outra pessoa retira a pessoa "B" do coma induzido, e tal pessoa (B) será a mesma pessoa "A", pois estará com as mesmas memórias anteriores, e logo, está satisfazendo as condições que definem o verbo Viver, e se o processo continuar tanto tempo, quanto queiramos, até que alcance o limite no infinito, tal pessoa alcançará a eternidade a imortalidade.
 Confesso que há uma falha, segundo o senso religioso o ser humano possui em si uma entidade chamada espirito, que está além da física ou deste universo (algo metafísico), assim para um ser continuar vivo, teria também que tranplantar o espirito (junto com as memórias, pois sem elas seria o que se conhece como reencarnação: transplantar o espirito sem as memórias), porém como não conheço muitas evidências sobre a existência de espiritos, fica a teoria em aberto sujeita a experimentos (pois o processo citado aqui, pode ser repetido em outros animais que também possuem cérebro; como ratos, alguns celenterados (esses não possuem cérebro, mas possuem sistema nervoso simples), hominídeos como chimpanzés...).
 Concluindo:
"O segredo da imortalidade não existe, é uma ilusão, se compararmos o tempo que o universo possui desde o big bang, com o período de 24 horas (comparativo conhecido como "dia cósmico"), observaremos que nossa existência no planeta, como espécie, não ulttrapassa 2 segundos de existência, e querer viver alguns milênios ou milhões de anos a mais, não é nada mais que acrescentar mais alguns segundos" .
                                                       (Helton A. Gonçalves)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Entendendo A Natureza das Idéias

 De onde surge uma idéia? Se descobrirmos esta pergunta, será possível inventar um método para ter mais idéias?
 Às vezes fico me perguntando como tenho as idéias que tenho, pois simplesmente elas aparecem na minha mente e mal sei explicar como pensei naquilo ou de onde que veio...Quando vejo uma imagem curiosa, ou até mesmo escuto um som diferente, faço uma comparação imediata com o que estou imaginando e assim surge uma idéia diferente, às vezes a idéia surge logo quando eu acordo (tenho um caderno do lado de minha cama para anotar a idéia, se for preciso) ,ou no ônibus (certa vez estava tentando resolver uma equação, e por mais que tentava não conseguia,sendo que se passaram mais de 2 dias e nada, até que então a resposta veio quando eu estava num ônibus), ou também acontece no meio de uma aula, filme,musica ... Mas, em suma, não consigo definir de onde vem elas! Como saber de onde Leonardo tirou sua idéia de começar pintar telas à óleo, ou projetar suas máquinas, que só poderiam (algumas) ser construídas 3 séculos a frente de seu tempo ? Como a idéia de uma maçã caindo fez Newton descobrir a gravidade, ou como desenvolveu o Cálculo? Como alguns cientistas observando algumas equações (por pura curiosidade), suspeitaram que o microcosmo não é composto por elementos sem dimensão e sim por elementos que possuem dimensão? ...?
 A resposta,talves , esteja no fato de que pessoas com idéias demais, trabalhem o suficiente para que isto ocorra (se eu não tivesse pensado alguma vez em como resolver aquela equação, a resposta não viria naquele ônibus), como disse Einstein uma vez: "Penso 99 vezes e nada consigo, paro de pensar e eis que a
resposta vem." Ou certa vez quando perguntaram a Isaac Newton  como ele chegava na resposta de seus problemas, ele respondeu: "Pensando neles (problemas)." A grande questão está no fato de que para conseguir a resposta devemos se esforçar, mesmo a pessoas com facilidade em pintar, elas tem que se esforçar para seus quadros atingirem o alge da perfeição artística, o mesmo com um maestro e suas partituras, um biólogo e suas pesquisas de campo, um físico e matemático com suas equações e experiencias...
 Neste aspecto, as idéias adquirem uma nova definição: Elas são fruto do trabalho intelectual de um indivíduo.Então daí que vem as idéias, do trabalho e somente do trabalho, podendo ser este fácil, intermediário ou difícil de alcançar.