segunda-feira, 16 de abril de 2012

Idéias sobre o QI



 É dado um problema de lógica simples a dois seres, um humano e outro um chimpanzé, qual deles irá responder corretamente à questão? A resposta que eu daria é NÃO SEI. Exatamente, depende de que humano que é esse e que chimpanzé é esse, quais são as respectivas idades de cada um e seus respectivos "QIs".Sabendo essas informações posso estimar com ótimo grau de certeza quem acertará o problema. Por exemplo se o humano tiver 10 dias de idade e o macaco tiver 15 anos, a possibilidade de o macaco conseguir resolver o problema é muito maior, pois a criança mal aprendeu a respirar ou a andar enquanto o macaco já sabe essas coisas muito bem e outras, e por que não desenvolver uma nova habilidade? Não podemos esquecer do "QI", digamos que o macaco em questão tenha um retardo mental em função de aluma anomalia genética, então a resposta mais provável é que nenhum consiga resolver num prazo até que a criança desenvolva uma inteligência lógica suficiente para resolver tal problema, digamos uns 2 anos. Logo em 2 anos é possível que o humano resolva o problema. Mas a situação pode ser diversa, um homem ou mulher de 30 anos e um chimpanzé de 3 meses de idade, o homem com um retardo mental e o macaco com  um qi elevado (um  macaco superdotado intelectualmente). Com essas informações, chegamos de forma análoga à conclusão de que o macaco em uns 3 anos resolveria o problema (talvez menos).

   Não vou tratar aqui sobre o assunto "QI", mas irei como o título sugere mostrar algumas idéias (pretendo ser o mais informal possível sem ter que perder o "rigor" da ciência).

    No caso tratado no primeiro parágrafo deste texto menciono o "QI" (Quoeficiente de Inteligência como muitos preferem). Este por sua vez não terá seu sentido habitual modificado nesta conversa.

   É fato que conforme envelhecemos vamos esquecendo algumas coisas, ou pelo menos temos muita dificuldade em lembrar de qualquer coisa arbitrária, isto decorre de vários fatores, como por exemplo a morte dos neurônios, que por sua vez não nascem mais, fazendo assim o QI diminuir conforme a idade vai aumentando, mas não há ainda do que se preocupar, pois essa diminuição de qi é muito lenta e só seria notável se pudéssemos viver por uns 400 anos no mínimo e chegando lá um macaco tomado arbitrariamente resolveria qualquer problema com muito mais eficiência. Agora quem deseja  viver mais que 300 anos e passar dos 400, daí é um grande problema, pois a pessoa em questão tem um numero finito de células na cabeça, com propriedades tais que possam conter um numero também finito de informação , portanto se a pessoa quiser ser "imortal" terá que saber lidar com problemas como estes. Uma solução que ainda não é possível, porém viável, é  usar células tronco para regenerar tecidos cerebrais que morreram no processo de envelhecimento, o que ajudaria a manter o QI  mais estável, porém este continuaria a diminuir.

     O fato é que existem muitas técnicas para aumentar qi: Comer carboidratos, ler livros diversos, evitar assistir televisão, discutir (isto mesmo, uma "briguinha" sobre um assunto específico por exemplo, é ótima para seu cérebro, pois exercita sua dialética, sua lógica quando vai defender a tese em questão e até argumentar a antítese...), exercitar o corpo (a maioria das pessoas com qi elevado tem uma coordenação motora ótima e um bom desempenho físico, porém não excelente como de um atleta profissional), aprender a tocar um instrumento musical ou mais de um, aprender um idioma cuja similaridade com o idioma nativo seja a mínima (no caso de quem fala em português eu recomendo estudar mandarim, russo ou algum dialeto indiano; pois se você estudar um idioma parecido com o português como por exemplo o espanhol ou italiano, estará utilizando a mesma área do cérebro que usa pra falar seu idioma nativo, e em vez de aumentar a porcentagem de uso do seu cérebro (normalmente em torno de 13%) estará mantendo como ele está e não criará novas conexões, apenas estará a utilizar mais a memória...), brincar com jogos de raciocínio e de memória, comer menos açúcar, tomar banho de olhos fechados... Tais métodos irei chamar somente de Métodos Práticos.

    Conforme as pesquisas indicam em cada um desses testes, percebi que fazendo todos eles o qi aumentaria no máximo, numa pessoa média (me refiro às mais normais, se é que existe "pessoa normal") em torno de 30 pontos, ou seja, uma pessoa normal teria qi 100 antes do método prático e após teria 130 e já seria uma superdotada e poderia entrar em uma sociedade de alto qi como a mensa, porém ainda estaria muito longe de ter qi como o de Isaac Newton. Pelo meu exemplo fica claro que escala de qi eu usei pra fazer as contas (as contas tem um desvio padrão considerável, mas como são de caráter estatístico eu achei melhor não mostrá-las para não "enfeiurar" o blog).

    Estando esta estatística muito próxima de se verificar experimentalmente (experimentem usar esses métodos práticos, são muito úteis para ajudar a desenvolver raciocínio matemático, e sendo assim não precisarão mais colar na prova de física ou outra como de português,  se fizerem não se esqueçam de mandar os resultados para mim, ficarei contente em saber se estava certo ou errado em alguma conta), fica fácil ver que mesmo uma pessoa que venha a viver mais de 400 anos e queira ter qualidade de vida boa, mesmo que use os métodos práticos ainda assim estará próxima do retardo mental, e não poderá assistir um filme e entender como o detetive conseguiu descobrir quem matou a garota apenas com um vestígio deixado por ele: uma gota de sangue, ou um fio de cabelo. Sendo assim, método prático não é útil quando pensado a longo prazo (pra quem acha que estou louco, falando em viver 400 anos sem justificar o como, recomendo que olhe outra postagem nesse blog chamada "Um passo para a Imortalidade", mas fiquem sabendo que esta é só uma ideia para aumentar a longevidade de uma pessoa, existem muitas outras idéias, e acreditem, já existem pesquisas sérias nessa área da biomedicina, foi publicado mais de duas vezes reportagens como esta na revista Nature ou até na Scientific American, então a proposta deve ser analisada como sendo algo iminente e dentro de algumas décadas teremos muitas dessas idéias no nosso dia-adia em aplicações práticas...). É necessário um método mais eficaz que o Prático, e é nesse ponto que eu queria chegar: Física aplicada à Biologia, ou seja Ciências Aplicadas.

   Um dos motivos que me levaram a ser cientista é o fascínio por Ciências Aplicadas, então lá vai uma ideia que eu tive, mas após pesquisar percebi que não é só minha, mas a minha forma de utilizá-la é unica, pelo que vi, então lá vamos nós.

    Cargas elétricas, quando em movimento geram um campo magnético em torno do eixo onde percorrem, isso vemos nas aulas de física básica do colégio, essas cargas podem ser tanto elétrons como átomos ionizados (cátions e ânions). E nas aulas de biologia, aprendemos que para podermos pensar, mover pernas, e executarmos qualquer tarefa temos que usar o cérebro, e neste processo o usamos de tal maneira que cargas elétricas no interior do órgão se movem e induzem uma corrente, e outras partes do cérebro nesse mesmo instante permanecem imóveis, sem serem excitadas por alguma corrente elétrica. Sabe-se que quanto mais conexões entre os neurônios num certo cérebro, maior é a velocidade em lembrar, pensar e agir (a coordenação motora e o tempo de resposta a um estímulo é maior), e também melhor é a qualidade desse lembrar, pensar e agir. Uns são mais mnemônicos que pensadores, outros usam mais a parte motora do cérebro do que o pensamento, enfim; seja qual for a área de maior aptidão da pessoa, se aumentarmos o numero de conexões entre os neurônios numa determinada área específica do cérebro, estaremos melhorando o QI dessa pessoa naquela área, por exemplo, a parte cerebral responsável pela memória de curto prazo pode ser muito utilizada em um jogo da memória em que você quer ganhar, então para melhorar o desempenho nesse jogo e em outros do gênero, basta aumentar o número de conexões entre os neurônios nessa região, e assim também aumentar a atividade sináptica na região em questão.

   Sabendo dessas coisas, basta saber como induzir um aumento no número de conexões de um cérebro usando não somente os métodos práticos, mas também um método artificial, para que em vez de aumentar o qi em 30 pontos, aumentaria o qi em 60 ou até mesmo 100 (extrapolando com o desvio padrão e arredondando o resultado) pontos nessa escala que estamos utilizando desde o ínício.

    A ideia que tive a uns tempos atrás (cerca de 4 anos) era usar pequenas correntes elétricas aplicadas de baixa intensidade e de alta  frequência sobre o cérebro de tal forma a induzir conexões novas entre os neurônios, e assim deixar um espaço maior no "HD" do cérebro ou no "Cartão de Memória" do órgão, de tal forma que quando a área for estimulada, não precisará se esforçar muito para criar novas conexões, e sim utilizar essas conexões na tarefa em questão, fazendo o qi aumentar. Essa foi uma alternativa brilhante (pelo menos na época pareceu brilhante), mas eu pesquisando esses dias quando lembrei da  ideia, vi que não era minha, e que muitos já a vem utilizando em pesquisas, deixo aqui um link para quem quiser ver os pioneiros nessa área:   http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria , (deem atenção maior aos textos cujos títulos são: "Bases anatômicas da memória" e "Bases moleculares do armazenamento da memória").

   Mas não basta apenas usar desenfreadamente esse método sem "ver" onde está sendo aplicada a corrente elétrica, por este motivo devemos de alguma maneira monitorar processo, e um jeito de ver o interior da cabeça sem ter que abrí-la é usando ressonância magnética (pra quem quer saber um pouco mais sobre ressonância magnética recomendo esse excelente video explicativo:  http://www.youtube.com/watch?v=Wh4C7HWE6hc&feature=related). Porém as conexões ocorrem na escala celular, e não são muito visíveis nas atuais máquinas de ressonância magnética, portanto esse método artificial apresenta um problema: A monitoria e por consequência o controle sobre as áreas a serem modificadas, se tornam demasiado difíceis (podendo ver as células, podemos maximizar os efeitos do teórico tratamento para aumentar qi, pois veremos na área a ser melhorada, quais sub-regiões necessitam de mais estímulo elétrico).

   Certamente não vou propor abrir a cabeça e colocar o cérebro num microscópio enquanto é modificado (como numa cultura de bactérias que se estuda numa placa de petri), porém uma melhoria no detector da máquina de ressonância magnética, deixando-o extremamente sensível, uma melhoria no programa que o computador utiliza para mostrar as imagens, podendo dar zoom nelas até permitir ver no nível celular, e as transformando, através de outro programa de computador, em imagens tridimensionais e tudo isso somado com todos os estudos e conhecimentos sobre o comportamento e a mecânica que rege o comportamento cerebral, facilitam em diagnosticar, qual área do cérebro está mais carente de conexões (seria muito mais fácil detectar tais áreas através de exames de aptidão como testes de qi, de performances físicas e motoras, testes psicológicos..., todavia tais testes não teriam o mesmo rigor e mesmo ônus que um exame hiper-detalhado do cérebro e suas conexões uma a uma (certamente seria necessária uma forma adequada de armazenar essas informações para uso posterior).

   Finalizando esta postagem ,digo algumas aplicações que podem ser usadas nessa década mesmo, se alguém quiser fazê-la. Como é  improvável alguém completar 400 anos de vida nesse século como no início eu considerei (isso seria para daqui mais 500 anos ou mais), então ninguém terá problemas em baixo qi em função da idade, porém a casos em que o retardo mental poderia ser curado, como no caso de alguém com mal alzheimer, podemos através de células troncos ou outro método, renovar neurônios que morreram e aplicar o referido método artificial para esta pessoa, facilitando sua vida; podemos também aplicá-lo à pessoas que tiveram derrame, e sentem muita dificuldade em falar (podemos aplicar o método na área cerebral  responsável pela fala), também é possível se quisermos aplicar isso em animais de outras espécies como em cachorros (seria interessante ter um cachorro de qi 100 em casa, para discutir com ele algo como a poluição do ambiente, ou pedir para ele "dizer" (certamente não com palavras)  algo a respeito do descaso com os animais e a crueldade de alguns donos, poderíamos até mesmo tornar a sociedade mais sábia, talvez assim teríamos uma sociedade mais justa, uma vez que todos os grandes gênios da humanidade que tinham um qi alto se mostraram grande pacifistas e "cidadãos mundo" , então é de se esperar algo semelhante de uma sociedade formada por gênios; poderíamos aplicar este método na recuperação motora de algum paciente que tem dificuldade em andar, ou mover os braços ou algo relacionado à coordenação motora, facilitando a fisioterapia.

   "O Futuro da humanidade pode ser mais próspero que muitos imaginaram, e com esse método ou outro com a mesma finalidade, a prosperidade não terá um caráter financeiro e sim Intelectual, Humano e Benéfico."



 
 
 



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